SUPRAPARTIDARIO

Milhares de pessoas se reuniram neste sábado, ao meio dia, na Boca Maldita de Curitiba, para ouvir dirigentes de partidos políticos, sindicais, movimentos estudantil e de bairros que se revezam ao microfone durante ato de desagravo ao governador Roberto Requião (PMDB) e para defender os avanços sociais obtidos no Paraná na gestão do peemedebista.
Mesmo sob a chuva que caia e o frio que fazia naquele horário, na capital paranaense, uma manifestação suprapartidária contou com as seguintes presenças: do presidente do PCdoB de Curitiba, Joel Benin; do coordenador da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jorge Samek; do delegado regional do Trabalho e dirigente do PTB, Geraldo Serathiuk; da deputada federal Dra. Clair (PT); dentre outras lideranças.
Perante um “mar de bandeiras e pessoas” que tomou conta do calçadão da Rua XV de Novembro – a tradicional Rua das Flores – o presidente da União Paranaense dos Estudantes (UPE), Arilton Freres, leu um manifesto assinado pela “Frente Ampla Pelos Avanços Sociais”, organização composta por cerca de 200 entidades da sociedade civil organizada e partidos políticos.
O presidente do PCdoB, Joel Benin, que abriu o comício, disse que a manifestação tem o intuito de defender as conquistas do Paraná. Segundo ele, Requião é o representante desses avanços sociais. “Os ataques que Requião está recebendo são na verdade contra os avanços obtidos nos últimos três anos e nove meses”, discursou o dirigente do PCdoB.
O delegado regional do Trabalho, Geraldo Serathiuk, membro da direção do PTB, lembrou um provérbio bíblico para denunciar a oposição que ataca o governador Requião com mentiras e mais mentiras, segundo ele. “Digas com quem andas que dir-te-ei quem és”, discursou, para então emendar: “Do lado do Osmar Dias está o Jaime Lerner, que quebrou o Paraná; do lado de Rubens Bueno está o PFL, que é a direita mais raivosa que existe e que os brasileiros rejeitaram no voto. O povo não vai deixar essa corja voltar ao poder”.
O coordenador da campanha de Lula no Paraná, Jorge Samek, disse que é solidário ao governador Requião e afirmou que as mudanças para melhor no Estado e no país devem continuar. “Trago aqui a solidariedade de quem quer que as conquistas continuem no Paraná e no Brasil”.
A deputado federal Dra. Clair (PT) também hipotecou apoio ao governador Requião. Para ela, o peemedebista teve coragem de combater o projeto neoliberal como ninguém teve no país. “Graças ao Requião nós temos a Copel, a Sanepar e tantos outros órgãos nas mãos do poder público”, agradeceu. A parlamentar também lamentou as privatizações ocorridas no passado, como a da Companhia do Vale do Rio Doce, que agora ela faz uma campanha para encampá-la. “Requião, precisamos de você para nos ajudar a cancelar essa privatização criminosa que ocorreu há nove anos”, solicitou.
Doático Santos, presidente do PMDB de Curitiba, um dos organizadores do evento, disse que foram confeccionados dois milhões de panfletos com o manifesto para serem distribuídos. De acordo com ele, dezenas de organizações populares, deverão fazer a distribuição do material. “O mais importante é que vamos responder as baixarias e os ataques ao governador Requião mobilizando o povo. E eles (oposição) têm medo do povo”, filosofou Doático Santos para afirmar: “Não vamos deixar que essa gangue que queria vender a Copel e a Sanepar – e que venderam o Banestado – volte a transformar o Paraná num grande balcão de negócios”.
A coordenação da "Frente Ampla Pelos Avanços Sociais" deverá estimular que outras manifestações semelhantes ocorram em diversas regiões do Paraná.